Desmestificando as crenças sobre Constelaçao

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Drogas e Juventude: menos segurança pública e criminalização, mais saúde pública e promoção de direitos

Drogas e Juventude:  menos segurança pública e criminalização, mais saúde pública e promoção de direitos
                                                                                               05/12/2011 01:45


O tema da juventude é recente na agenda pública do país, foi apenas nos anos 1990 que o Brasil começou a construir algumas experiências municipais e estaduais voltadas especificamente para essa questão. No âmbito do Governo Federal essa experiência ainda é mais recente, a Política Nacional de Juventude foi constituída em 2005, com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, o Conselho Nacional de Juventude e o Projovem.
Embora haja avanços nas formulações e ações realizadas no âmbito das universidades, das ONG´s e do próprio Estado, o desconhecimento e o senso comum ainda predominam quando o tema em foco é a juventude. É bastante comum a associação do tema à adolescência, percepção mais consolidado por conta da constituição do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ainda que com algumas interfaces, principalmente no que tange a questão etária, a noção de juventude carrega sentidos bastante distintos e caminha para a construção de um arcabouço conceitual próprio.
A ideia de juventude compreende uma fase da vida que se estende dos 15 aos 29 anos, esse período não deve ser entendido apenas como um momento transitório da infância para a fase adulta ou como uma etapa que carrega comportamentos de risco. Trata-se de um momento específico marcado por muitas mudanças na formação e na trajetória dos indivíduos.
Nesse sentido, a juventude deve ser entendida como um período importante do desenvolvimento humano, um momento no qual se criam e compartilham experiências geracionais que, apesar de serem bastante diversas, conformam um conjunto comum de experiências cujas especificidades precisam ser reconhecidas. O reconhecimento desses “elementos em comum” é fundamental para a formulação de políticas públicas que sejam capazes de atender a esse grupo.
Na maior parte das vezes, o desconhecimento do tema e a construção conceitual equivocada da ideia de juventude – reduzida à concepção de grupo que promove e/ou está sujeito a risco social – contribuiu para que fossem construídas políticas equivocadas destinadas ao controle e à repressão do tempo livre dos jovens. É neste espaço que tem se constituído a política antidrogas no Brasil. Conjunturalmente, essa concepção foi realimentada pela campanha eleitoral de 2010, quando a maior parte dos partidos, a despeito das distintas colorações ideológicas, estabeleceu uma conexão direta e simplista entre crack e juventude.
Esta visão de Guerra às Drogas difundida por décadas pela ONU, e reproduzida à exaustão pelas políticas americanas, já mostrou sua total ineficácia. Nos últimos anos, o consumo de drogas aumentou, a capacidade de entorpecimento foi ampliada, os preços dos entorpecentes foram reduzidos e o combate empreendido contra as drogas ilícitas provocou o aumento da violência por todo o mundo. Todo esse processo tem impactado com vigor os jovens brasileiros.
O Brasil possui a 6ª pior posição no ranking de mortalidade de jovens no mundo, tendo como causas principais, em primeiro lugar, os homicídios e, em segundo lugar, os acidentes de carro. De certa maneira, esses dois fatores possuem forte ligação com o consumo de drogas. É evidente que parte desses homicídios está vinculada às iniciativas de promoção ou às tentativas de repressão ao tráfico de drogas, afetando em grande maioria os jovens negros das periferias do país; de modo análogo, é claro que parte dos acidentes de carro está associada ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas, atingindo principalmente, ainda que não só, os jovens de classe média.
A concepção dominante sobre a relação entre drogas e juventude, sustentada em termos de combate, enfrentamento e extermínio precisa ser repensada com urgência e a Psicologia possui aparato teórico e prático capaz de ajudar, junto a outras áreas do saber, a dar respostas efetivas para essa questão. É preciso que mudemos o enfoque, compreendendo que a descriminalização das drogas é o ponto de partida para uma abordagem que trate o usuário não pela ótica da segurança pública, mas sim da saúde pública.
A criminalização do uso de drogas, além de não oferecer uma solução eficaz para o problema, pode contribuir indiretamente para a intensificação da criminalização da pobreza e pode justificar inadequadamente medidas de higienização social, processos que, em última análise, acabam patrocinando o aprisionamento de jovens negros e pobres. Vale destacar: a população carcerária brasileira é uma das maiores do mundo e é composta por cerca de 70% de jovens.
Ao trazer o tema para a saúde e não mais deixá-lo a cargo das forças policiais, o Estado deve fortalecer a rede de saúde mental baseando-se nos preceitos da Reforma Psiquiátrica, caso contrário, trocamos a cadeia por clínicas de internação, muitas vezes dirigidas por instituições religiosas que em nada colaboram para a promoção da reflexão do sujeito sobre o uso de drogas e a necessária promoção da autonomia e liberdade.
A política de drogas deve ser orientada pela concepção da redução de danos, estruturada pelas CAPS AD, pelos ambulatórios de saúde mental e internação quando necessária em hospitais gerais. Como um exemplo, é importante destacar que a luta necessária contra o crack, não pode servir como um mote para a desconstrução do legado da luta antimanicomial e da saúde mental. Novas estratégias podem ser incorporadas, como a experiência dos ambulatórios de rua e de equipes de redução de danos direcionadas para regiões como a cracolância.
É preciso combater as práticas do Estado que tem se sustentado na política do medo, através de ações como as políticas de internação compulsória de crianças e adolescentes. Ao transformar em política a abordagem violenta e compulsória contra famílias pobres, o Estado apenas demonstra sua ausência e ineficácia na promoção de direitos básicos, tais como aqueles garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Além disso, é fundamental que as políticas antidrogas sejam pensadas no interior do quadro mais amplo das políticas para a juventude. Sendo assim, é importante considerar que as políticas públicas de juventude devem caminhar na perspectiva de ampliar as possibilidades de socialização e vivência dos jovens, rompendo com o modelo atual presente nas periferias, marcadas pela presença de bares como únicos espaços de encontro. Para isso é necessário desmercantilizar a vida social, com o a oferta de programas e equipamentos públicos, de cultura, esporte, lazer e inclusão digital, geridos por jovens e com estrutura necessária para o seu funcionamento.
O Estado precisa desenvolver políticas de mobilidade urbana, permitindo o acesso do jovem a sua cidade e constituindo novos programas de transporte público noturno, principalmente aos fins de semana, de modo a permitir a circulação dos jovens pela cidade de modo mais seguro, sem que tenham que se deslocar de carro e sobre o uso de bebidas alcóolicas.
Para que a política de drogas seja efetiva no campo da juventude, será necessária uma mudança profunda na maneira de entender o tema e de reconhecer suas especifidades, para isso a participação da juventude é essencial. A política de drogas não deve ser tratada como uma questão de segurança pública, é preciso ter clareza de que a criminalização dos usuários de droga é apenas mais uma manifestação da ineficiência de um Estado privatizado e da ineficácia de uma vida social marcada pela mercantilização. A política de drogas deve sim ser tratada como uma questão de saúde pública, conectada à uma atuação pública mais ampliada que dê conta de dialogar com as políticas públicas para a juventude e para a saúde. Afinal, a juventude deve ser compreendida como sujeito de direitos, capaz de incidir nas políticas públicas direcionadas a ela que devem ter como horizonte a promoção da emancipação e da autonomia.
* Psicólogo e Presidente do Conselho Nacional de Juventude
Referência Bibliográfica:
http://www.sangari.com/mapadaviolencia/
Por Gabriel Medina *
O tema da juventude é recente na agenda pública do país, foi apenas nos anos 1990 que o Brasil começou a construir algumas experiências municipais e estaduais voltadas especificamente para essa questão. No âmbito do Governo Federal essa experiência ainda é mais recente, a Política Nacional de Juventude foi constituída em 2005, com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, o Conselho Nacional de Juventude e o Projovem.
Embora haja avanços nas formulações e ações realizadas no âmbito das universidades, das ONG´s e do próprio Estado, o desconhecimento e o senso comum ainda predominam quando o tema em foco é a juventude. É bastante comum a associação do tema à adolescência, percepção mais consolidado por conta da constituição do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ainda que com algumas interfaces, principalmente no que tange a questão etária, a noção de juventude carrega sentidos bastante distintos e caminha para a construção de um arcabouço conceitual próprio.
A ideia de juventude compreende uma fase da vida que se estende dos 15 aos 29 anos, esse período não deve ser entendido apenas como um momento transitório da infância para a fase adulta ou como uma etapa que carrega comportamentos de risco. Trata-se de um momento específico marcado por muitas mudanças na formação e na trajetória dos indivíduos.
Nesse sentido, a juventude deve ser entendida como um período importante do desenvolvimento humano, um momento no qual se criam e compartilham experiências geracionais que, apesar de serem bastante diversas, conformam um conjunto comum de experiências cujas especificidades precisam ser reconhecidas. O reconhecimento desses “elementos em comum” é fundamental para a formulação de políticas públicas que sejam capazes de atender a esse grupo.
Na maior parte das vezes, o desconhecimento do tema e a construção conceitual equivocada da ideia de juventude – reduzida à concepção de grupo que promove e/ou está sujeito a risco social – contribuiu para que fossem construídas políticas equivocadas destinadas ao controle e à repressão do tempo livre dos jovens. É neste espaço que tem se constituído a política antidrogas no Brasil. Conjunturalmente, essa concepção foi realimentada pela campanha eleitoral de 2010, quando a maior parte dos partidos, a despeito das distintas colorações ideológicas, estabeleceu uma conexão direta e simplista entre crack e juventude.
Esta visão de Guerra às Drogas difundida por décadas pela ONU, e reproduzida à exaustão pelas políticas americanas, já mostrou sua total ineficácia. Nos últimos anos, o consumo de drogas aumentou, a capacidade de entorpecimento foi ampliada, os preços dos entorpecentes foram reduzidos e o combate empreendido contra as drogas ilícitas provocou o aumento da violência por todo o mundo. Todo esse processo tem impactado com vigor os jovens brasileiros.
O Brasil possui a 6ª pior posição no ranking de mortalidade de jovens no mundo, tendo como causas principais, em primeiro lugar, os homicídios e, em segundo lugar, os acidentes de carro. De certa maneira, esses dois fatores possuem forte ligação com o consumo de drogas. É evidente que parte desses homicídios está vinculada às iniciativas de promoção ou às tentativas de repressão ao tráfico de drogas, afetando em grande maioria os jovens negros das periferias do país; de modo análogo, é claro que parte dos acidentes de carro está associada ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas, atingindo principalmente, ainda que não só, os jovens de classe média.
A concepção dominante sobre a relação entre drogas e juventude, sustentada em termos de combate, enfrentamento e extermínio precisa ser repensada com urgência e a Psicologia possui aparato teórico e prático capaz de ajudar, junto a outras áreas do saber, a dar respostas efetivas para essa questão. É preciso que mudemos o enfoque, compreendendo que a descriminalização das drogas é o ponto de partida para uma abordagem que trate o usuário não pela ótica da segurança pública, mas sim da saúde pública.
A criminalização do uso de drogas, além de não oferecer uma solução eficaz para o problema, pode contribuir indiretamente para a intensificação da criminalização da pobreza e pode justificar inadequadamente medidas de higienização social, processos que, em última análise, acabam patrocinando o aprisionamento de jovens negros e pobres. Vale destacar: a população carcerária brasileira é uma das maiores do mundo e é composta por cerca de 70% de jovens.
Ao trazer o tema para a saúde e não mais deixá-lo a cargo das forças policiais, o Estado deve fortalecer a rede de saúde mental baseando-se nos preceitos da Reforma Psiquiátrica, caso contrário, trocamos a cadeia por clínicas de internação, muitas vezes dirigidas por instituições religiosas que em nada colaboram para a promoção da reflexão do sujeito sobre o uso de drogas e a necessária promoção da autonomia e liberdade.
A política de drogas deve ser orientada pela concepção da redução de danos, estruturada pelas CAPS AD, pelos ambulatórios de saúde mental e internação quando necessária em hospitais gerais. Como um exemplo, é importante destacar que a luta necessária contra o crack, não pode servir como um mote para a desconstrução do legado da luta antimanicomial e da saúde mental. Novas estratégias podem ser incorporadas, como a experiência dos ambulatórios de rua e de equipes de redução de danos direcionadas para regiões como a cracolância.
É preciso combater as práticas do Estado que tem se sustentado na política do medo, através de ações como as políticas de internação compulsória de crianças e adolescentes. Ao transformar em política a abordagem violenta e compulsória contra famílias pobres, o Estado apenas demonstra sua ausência e ineficácia na promoção de direitos básicos, tais como aqueles garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Além disso, é fundamental que as políticas antidrogas sejam pensadas no interior do quadro mais amplo das políticas para a juventude. Sendo assim, é importante considerar que as políticas públicas de juventude devem caminhar na perspectiva de ampliar as possibilidades de socialização e vivência dos jovens, rompendo com o modelo atual presente nas periferias, marcadas pela presença de bares como únicos espaços de encontro. Para isso é necessário desmercantilizar a vida social, com o a oferta de programas e equipamentos públicos, de cultura, esporte, lazer e inclusão digital, geridos por jovens e com estrutura necessária para o seu funcionamento.
O Estado precisa desenvolver políticas de mobilidade urbana, permitindo o acesso do jovem a sua cidade e constituindo novos programas de transporte público noturno, principalmente aos fins de semana, de modo a permitir a circulação dos jovens pela cidade de modo mais seguro, sem que tenham que se deslocar de carro e sobre o uso de bebidas alcóolicas.
Para que a política de drogas seja efetiva no campo da juventude, será necessária uma mudança profunda na maneira de entender o tema e de reconhecer suas especifidades, para isso a participação da juventude é essencial. A política de drogas não deve ser tratada como uma questão de segurança pública, é preciso ter clareza de que a criminalização dos usuários de droga é apenas mais uma manifestação da ineficiência de um Estado privatizado e da ineficácia de uma vida social marcada pela mercantilização. A política de drogas deve sim ser tratada como uma questão de saúde pública, conectada à uma atuação pública mais ampliada que dê conta de dialogar com as políticas públicas para a juventude e para a saúde. Afinal, a juventude deve ser compreendida como sujeito de direitos, capaz de incidir nas políticas públicas direcionadas a ela que devem ter como horizonte a promoção da emancipação e da autonomia.

* Gabriel Medina é psicólogo e Presidente do Conselho Nacional de Juventude

Referência Bibliográfica:
http://www.sangari.com/mapadaviolencia/

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que é o Estatuto da JUVENTUDE?

O que é o Estatuto da JUVENTUDE? - Parecer às Emendas de Plenário proferido e entregue à Mesa pela Dep. Manuela D'ávila (PCdoB-RS), pela Comissão Especial, que conclui pela aprovação das Emendas de Plenário de nº s 1 e 3 a 7 e pela rejeição da Emenda de Plenário de n.º 2, na forma de Submenda Substitutiva Global.
O ESTATUTO DA JUVENTUDE é LEI que deve consolidar no Brasil os direitos da JUVENTUDE BRASILEIRA, que apesar de sempre ter tido um papel fundamental nos rumos da história social, econômica e política do pais, nunca foi reconhecida pelo ESTADO como um setor da sociedade, fato que apenas se consumou em 13 de julho de 2010 com a promulgação (aprovação) da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 42/2008 , mais conhecida como PEC DA JUVENTUDE, que incluiu o termo JOVEM  no Capítulo VII da Constituição Federal, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, a exemplo que já ocorre com as crianças, adolescentes e idosos.
A partir daí ,vários projetos de Lei que estão na Câmara Federal e no Senado, fundem-se e são incluídos no texto do PL 4529 de 2004, mais conhecido como ESTATUTO DA JUVENTUDE, que visa CONSOLIDAR e GARANTIR direitos aos jovens brasileiros, tais como:
I - à cidadania, à participação social e política e à representação juvenil;
II - à educação;
III - à profissionalização, ao trabalho e à renda;
IV - à igualdade;
V - à saúde;
VI - à cultura;
VII - ao desporto e ao lazer;
VIII - ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
Sem dúvida, o ESTATUTO DA JUVENTUDE é a oportunidade do ESTADO BRASILEIRO pagar sua dívida social perante aos JOVENS, e ao mesmo tempo, traçar diretrizes nacionais de longo prazo que alavanquem o desenvolvimento social brasileiro, pois os jovens de hoje são os idosos de amanhã.
[ INFORMAÇÃO: Hoje no Brasil, a juventude é a maior parcela da população, somos quase 50 milhões, representando 28% dos brasileiros] 
É momento dos JOVENS BRASILEIROS SE MOBILIZAREM, procurarem os deputados federais de suas regiões, para que sejam encaminhadas sugestões para o Estatuto e ao mesmo tempo, que seja cobrado deles a participação efetiva neste importante PROJETO DE LEI.
A UJE está FOMENTANDO DISCUSSÃO junto a GALERA! Venha fazer parte e vamos mudar o futuro do Brasil, garantindo inclusão social e desenvolvimento social para nós e para nossos filhos, que um dia irão de vir ao mundo.

Este é um MOMENTO HISTÓRICO que estamos vivendo e que temos a OPORTUNIDADE DE FAZER a DIFERENÇA para um BRASIL socialmente  JUSTO!
Só o JOVEM pode MUDAR o BRASIL! 

Seguridade inclui 25 doenças em isenção. . EAD como forma de inclusão social

Seguridade
lista de isenção do imposto de renda
aos portadores de moléstia profissional,
tuberculose ativa, alienação
mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados
avançados da doença de Paget (osteíte
deformante), contaminação por radiação
e síndrome da imunodeficiência
adquirida (aids).
Foi aprovada pela Comissão de Seguridade
Social e Família a inclusão
de 25 doenças graves e incapacitantes
na lista de enfermidades que dão aos
portadores direito de aposentadoria,
pensão ou proventos de reforma militar
sem incidência de Imposto de
Renda (IR). Além disso, pelo texto
aprovado - um substitutivo ao Projeto
de Lei 1217/07, do Senado, e a outros
19 projetos apensados -, a isenção valerá
para todos os rendimentos, e não
apenas para os recebidos em razão da
inatividade.
O projeto, que tramita em caráter
conclusivo, ainda será analisado pelas
comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para o relator da matéria, deputado
Raimundo Gomes de Matos (PSDBCE)
é uma questão de justiça o “tratamento
Lista -
as doenças que passam a garantir
isenção de IR são as seguintes: pneumopatia
grave (enfisema pulmonar),
fibrose cística (mucoviscidose), distrofia
lateral amiotrópica, retrocolite
ulcerativa, doença de Crohn, pneumonia
intersticial fibrosante, polipose
familiar, doenças cerebro-vasculares
decorrentes de AVC, transtorno mental
incapacitante, diabetes melito insulino-
dependente, aneurisma da veia de
Galeno, síndrome de Charcot-Marie
Tooth, narcolepsia, hipertensão arterial
grave, doença de Huntington,
mal de Alzheimer, esclerose lateral
amiotrópica, linfangioleiomiomatose.
pulmonar, esclerodermia linear, esclerodermia
segmentar, esclerodermia sistêmica
progressiva, fibrose pulmonar
idiopática, trombofilia, neurocistocercose
e lúpus.
A proposta do Senado beneficiava
apenas aposentados portadores de
enfisema pulmonar ou de mucoviscidose.]
Fonte::http://www.camara.gov.br/internet/jornal/jc20091005.pdf
De acordo com o substitutivo,

tratamento
isonômico àquele trabalhador
que, apesar de contrair uma ou mais
das enfermidades previstas, opte por
permanecer em atividade até mesmo
como uma forma de terapia”.
,
inclui 25 doenças em  A Lei 7.713/88 já assegura a isenção

Parlamento Jovem 2011 , Participe e proponha mudanças quanto a Tutoria no EAD

Jovem saiba os seus direitos e como participar, opinar e melhorar a qualidade do ensino EAD> Este é um dos espaços.A Câmara dos Deputados abre mais uma vez as portas à juventude do país com o Parlamento Jovem Brasileiro 2011. O PJB é uma oportunidade para que jovens cidadãos brasileiros possam simular, durante cinco dias, a jornada de trabalho dos deputados federais. O PJB, que vai acontecer entre 26 e 30 de setembro, e vai reunir 78 estudantes de todos os estados, ocorrerá pela oitava vez, já que tem sido realizado desde 2004. De lá para cá, houve a participação de 546 jovens parlamentares que, na prática, são alunos do ensino médio. Nesse ano, uma novidade: além dos estudantes do terceiro ano, os do segundo ano também poderão participar. A partir da experiência da imersão parlamentar, os jovens criam projetos de lei próprios, que passam por simulação de todas as etapas do processo legislativo. Este ano o tema é livre. Você pode participar escrevendo projetos em qualquer área das Comissões Temáticas do Parlamento Jovem Brasileiro desde que a proposta tenha relevância e possa impactar positivamente na sociedade. A organização é nossa, mas a mobilização e a vontade de atuar é toda sua. Venha para o Parlamento Jovem Brasileiro 2011. Aqui você representa muito e pode fazer história!
O Parlamento Jovem Brasileiro, instalado anualmente, regulado pelo Ato da Mesa n.º 49/04 e pela Resolução 12/03 da Câmara dos Deputados,  tem por objetivo possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, mediante participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados. A VIII edição do programa será realizada no período de 26 a 30/09/2011 na Câmara dos Deputados, Brasília- DF.
Os deputados jovens são pré-selecionados pelas secretarias de educação dos respectivos estados, por meio da apresentação de um projeto de lei. O projeto de lei deverá ser apresentado nas escolas e deverá versar sobre temas nas seguintes áreas :Agricultura e MeioAmbiente;
Saúde e Segurança Pública;
Economia, Emprego e Defesa do Consumidor;
Educação, Cultura, Esporte e Turismo.
Os estudantes devem ter entre 16 e 22 anos e estar matriculado e frequentando regularmente o  2º ou 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas ou particulares.
O Conselho Nacional dos Secretários de Educação - CONSED encaminhará os projetos à Câmara dos Deputados onde uma comissão, formada por servidores da área legislativa da Câmara, irá escolher os projetos participantes. O número de representantes por Estado e pelo Distrito Federal é proporcional ao número de deputados federais (quadro abaixo).
Durante o período da Legislatura prevista para os estudantes, que tem a duração de cinco dias, os participantes têm a oportunidade de experimentar o dia-a-dia dos parlamentares brasileiros no desempenho de suas funções. O trâmite das proposições apresentadas pelos deputados jovens se dá de acordo, na medida do possível, com as normas regimentais vigentes na Câmara dos Deputados.

sábado, 19 de novembro de 2011

Internautas terão a oportunidade de discutir na Conferência Virtual

18.11.2011 - Virada Virtual da 2ª Conferência Nacional de Juventude acontece neste final de semana Virada Virtual da 2ª Conferência Nacional de Juventude acontece neste final de semana
Internautas terão a oportunidade de discutir na Conferência Virtual o texto base da 2ª Conferência Nacional de Juventude e as contribuições apresentadas nas conferências livres realizadas em todo o país.
Os internautas poderão participar, neste final de semana (19 e 20/11), por meio da página eletrônica http://www.confjuv.org/, da Conferência Virtual, que discutirá o texto base da 2ª Conferência Nacional de Juventude e as contribuições apresentadas nas conferências livres realizadas em todo o país. O debate será transmitido ao vivo de diferentes regiões do país. Curitiba, Belém e Recife são algumas das cidades que transmitirão a programação da conferência ao vivo na rede.
Segundo Alexandre Piero, conselheiro nacional de Juventude, a iniciativa faz parte das etapas preparatórias da 2ª Conferência Nacional de Juventude e visa fortalecer a capacidade de mobilização, articulação, interatividade e sistematização de propostas para a Conferência, por meio das novas tecnologias de informação e das redes sociais.
Para Gabriel Medina, presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), essa é mais uma forma de envolver os jovens nas discussões sobre as políticas públicas de juventude, além de fortalecer essa cultura de participação pela internet. “Os jovens vêm utilizando cada vez mais a rede para debater política. Por isso, a Conferência Virtual é uma iniciativa inovadora e visa potencializar algo que já acontece”, afirma Gabriel.
Na opinião da secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo, essa modalidade atende ao crescente número de internautas no Brasil. De acordo com a instituição Internet World Stats quase 68 milhões de brasileiros acessam a internet. “As pesquisas indicam que os jovens são os que mais utilizam a internet para se comunicar, principalmente as redes sociais”, afirma a secretária. 
Os usuários das redes sociais Twitter e Facebook poderão participar do debate utilizando a hashtag #Confjuv ou 2ª Confjuv. O texto base e manual de orientação sobre essa modalidade de conferência estão disponíveis no endereço eletrônico http://www.conferencia.juventude.gov.br/

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Faltam 6 milhões de professores !! “Professores para a Igualdade entre Gêneros”. A Unesco está promovendo fóruns e divulgação de estudos sobre o tema em homenagem à data.


Estimativa da ONU é a de que, se não forem contratados, países não atinjam meta de dar ensino básico a todas as crianças até 2015.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que são necessários 6,1 milhões de professores em todo o mundo para que o acordo de universalização da educação básica até 2015 seja cumprido. A meta de garantir que todas as crianças do mundo concluam o ensino básico até essa data faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, compromisso assinado por 191 países em 2000.
O alerta foi feito nesta quarta-feira, em que se comemora o Dia Internacional do Professor. Segundo a organização, do total, 2 milhões de professores precisam ser formados e contratados. Os outros 4,1 milhões de profissionais são necessários para substituir professores aposentados, doentes ou que trocarão de carreira até lá.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) diz que metade dos docentes precisam atuar na África Subsaariana. Os Estados Árabes necessitam de 243 mil profissionais, outros 292 mil devem trabalhar no sul e oeste da Ásia e a Europa Ocidental e América do Norte, precisam de mais 155 mil professores.
A Europa Central e a Oriental, a Ásia Central e a Ocidental, a América Latina e o Caribe, juntos, somam 11% da escassez global. “Se quisermos dar oportunidades iguais para nossos filhos e filhas, devemos criar políticas que estimulem homens e mulheres à profissão de docente”, afirmou a Diretora-Geral da Unesco, Irina Bokova.
O tema do Dia Internacional do Professor em 2011 é “Professores para a Igualdade entre Gêneros”. A Unesco está promovendo fóruns e divulgação de estudos sobre o tema em homenagem à data.
Fonte- UNESCO

UAB oferecerá mestrado a distância – Mestrado EAD

 Fiquem atentos para os porcessos 2012...
A partir de 2011, a UAB (Universidade Aberta do Brasil) passará a oferecer os primeiros programas de pós-graduação stricto sensu a distância. Atualmente, são disponibilizadas vagas em cursos de graduação e especialização. Estão previstas, a princípio, a criação de dois cursos de mestrado profissional: educação infantil e docência em matemática para escola básica. A decisão é um marco na modalidade, já que não existem mestrados a distância no Brasil. Anovidade, divulgada com exclusividade ao Universia por Celso José da Costa, coordenador-geral do sistema, integrará o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica do MEC (Ministério da Educação).
“Com a maturidade do programa, essa expansão é mais do que necessária. Atéporque a capacitação dos professores da rede pública de ensino não se limita à graduação e a especialização”, explica Costa, que acrescenta a importância da UAB no processo de formação continuada dos educadores brasileiros. “Aqueles que já concluíram a graduação terão a oportunidade de continuar a estudar e se aperfeiçoar”, justifica. De acordo com o coordenador-geral, os programas ainda estão em fase de desenvolvimento e comissões especializadas se reunirão ao longo do ano para definir tanto o plano pedagógico, como o administrativo. “O edital de seleção de propostas será lançado ainda esse ano”, garante ele, que prevê a abertura das primeiras vagas no primeiro semestre de 2011.
O potencial da iniciativa é reconhecido por Paulo Monteiro Vieira Braga Barone, presidente da Câmara de Educação Superior – órgão vinculado ao Conselho Nacional de Educação. Na opinião dele, os programas de pós-graduação stricto sensu influenciarão a formação dos professores brasileiros. “A docência é muito mais ligada à concepção, do que a evidência. Daí a importância de garantir o contato de nossos profissionais à vivência em investigação”, ressalta ele. “Portanto, espera-se que essa oportunidade influencie muito mais gente, tanto no trabalho quanto nos processos formativos”, acrescenta ele.
Ao mesmo tempo em que o programa contribuirá com a formação dos docentes, promete viabilizar mudanças na rede pública de Ensino Básico no País. É o que acredita Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho). “A própria característica do mestrado profissional viabilizará esses dois processos. Até porque, o programa alia formação teórica às necessidades do próprio mercado. Ou seja, os estudantes serão mobilizados a desenvolver trabalhos de investigação relacionados ao sistema educacional brasileiro com a identificação de soluções para problemas reais”, explica ele.
Além disso, a modalidade a distância permitirá o aumento do contato de professores com os programas de pós-graduação stricto-sensu. “A formação superará barreiras geográficas. E mais, permitirá uma riqueza cultural ainda maior ao curso”, acredita Schlünzen Junior.
Garantia de qualidade
Apesar do potencial, o sucesso dos novos programas da UAB vai depender das estruturas adotadas. “Hoje a preocupação frequente na implementação de qualquer curso, seja ele presencial ou a distância, é a qualidade”, enfatiza Barone. Fator que, segundo ele, é ainda mais relevante em iniciativas pioneiras. “Ainda que a legislação brasileira possibilite a criação de cursos de pós-graduação stricto sensu a distância, não há programas com essas características no País”, afirma ele.
Barone acredita que o preconceito com relação à modalidade também gera uma maior desconfiança no processo de formação, sobretudo em mestrados e doutorados. “As experiências recentes, porém, comprovam que os processos bem planejados podem formar bons profissionais. Há inclusive graduados pelo sistema que garantiram os primeiros lugares em concursos públicos”, declara o presidente da Câmara de Educação Superior, que acredita na repetição da tendência nos cursos strictos sensu da UAB. “Mas até que os resultados sejam conquistados nessa nova proposta, o esforço com a qualidade será o principal atrativo”, diz Barone.
A garantia da qualidade, na opinião de Barone, está na interação entre corpo docente e discente. Ele aponta ainda a importância dos programas respeitarem os princípios dos próprios cursos presenciais. “A gestão do mestrado a distância precisa ser muito bem pensada para que a formação dos profissionais não seja deturpada e garantam os mesmos resultados dos programas presenciais”, defende ele.
Para preservar a excelência da formação das pós-graduações das instituições de Ensino Superior públicas, Costa garante a adoção dos mesmos procedimentos adotados pelos cursos presenciais. “Os pré-requisitos exigidos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) também deverão ser respeitados”, resume o coordenador-geral da UAB.
Mesmo sendo a distância, Barone ressalta ainda a necessidade de dedicação por parte dos estudantes. “Para possibilitar isso, será obrigatória a oferta de bolsas. Até porque, a dedicação à pesquisa, mesmo que na modalidade a distância, é essencial para a realização de pesquisas”, afirma ele. A real necessidade de auxílios, porém, já está nos planos do sistema UAB. “Pela primeira vez, o governo oferecerá bolsas na modalidade mestrado profissional”, assegura Costa. Ele garante já ter o aval tanto da Capes como do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para isso.
Muito mais do que oferecer cursos de pós-graduação stricto sensu, a UAB servirá de base na implementação de novos programas. “A iniciativa passará a servir de exemplo e de incentivo para as instituições de ensino, tanto privadas como públicas”, afirma Schlünzen Junior. Ele relaciona essa responsabilidade à importância da construção de uma estrutura sólida para os novos programas de pós-graduação.

Fonte Universia

MEC quer transformar curso de especialização em educação inclusiva a distância em mestrado

O programa federal TEC NEP, ligado à Secretaria Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, que visa a inserção das pessoas com necessidades educacionais específicas nos cursos de formação inicial e continuada, de nível técnico e tecnológico, pretende transformar o curso de especialização em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, que é ministrado em diversas unidades dos centros federais de educação tecnológica no país (como nos Cefet-PA, Cefet-RN, Cefet-MT, Cefet-MG e Cefet Bento Gonçalves), em mestrado. O objetivo foi divulgado pelo coordenador do programa, Franclin Costa do Nascimento, em entrevista divulgada pela Assessoria de Comunicação do Ministério da Educação.  Segundo Nascimento, o curso formou 111 profissionais entre 2007 e 2009
O programa também criou centros de referência no atendimento a pessoas com deficiência que se espalham pelo país. Segundo levantamento do MEC, já foram incluídos 1,5 mil estudantes com deficiência em cursos profissionalizantes e tecnológicos. Atualmente, o TEC NEP vem promovendo, em várias regiões, encontros de núcleos (Napne) para que sejam relatadas as ações de inclusão desenvolvidas nessas unidades. Já houve encontros na região Sul, Nordeste e Norte. Estão previstos ainda no Centro-Oeste e no Sudeste.
A Educação a Distância vem sendo discutida no Congresso Nacional como política pública para a inclusão de pessoas deficientes. Em audiência em 16 de junho na comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, o ex-ministro da Educação Carlos Chiarelli afirmou que a evasão escolar entre deficientes chega a cerca de 50%, principalmente por falta de condições de aulas presenciais. Também segundo Chiarelli, que atualmente preside a Associação da Cadeia Produtiva da Educação a Distância (Aced), chega a 28 milhões o número de brasileiros com algum tipo de deficiência

EAD necessita de mudanças !! E o papel do tutor quando será regulamentado ?

Com ou sem lei, o sistema de EAD no Brasil precisa passar por diversas alterações, na avaliação dos especialistas consultados. “Temos problemas sim, como todo o sistema de ensino”, reforça Holz, da Associação dos Estudantes de EAD.
Para a estudante de ensino a distância Danielle Bambace, de 23 anos, a plataforma utilizada pela instituição que oferece o curso a distância que ela faz é o principal problema. “As plataformas poderiam ser melhoradas, pois parecem que elas não acompanham as inovações da internet”, afirma.
Danielle faz um curso de pós-graduação em Educação Ambiental no Senac-Rio e confessa que de início não confiava nessa modalidade de ensino. “A minha mãe precisou fazer um curso a distância e me indicou. Como eu não podia ficar mais tempo parada e não tinha tempo para fazer um curso presencial, arrisquei”, conta. “Estou gostando e aprendendo e me sinto mais estimulada do que ficaria se o curso fosse presencial”.
Danielle arriscou, mas nem todo mundo faz isso. “Ainda existe uma cultura de que o EAD não funciona”, explica Holz. “Esse preconceito existe, mas está diminuindo e a tendência é de ser cada vez menor”, lembra Sathler. “O EAD passa pelos mesmos desafios que a educação presencial”, ressalta. E Holz lista uma série deles, como a melhora do relacionamento entre as instituições e os estudantes. “Temos muita reclamação sobre a demora do retorno que as universidades dão às demandas dos alunos”, diz.
Mas Holz também lista os pontos positivos do sistema, como a flexibilidade que essa modalidade de ensino concede aos estudantes e mensalidades mais baixas. “Alguns cursos chegam a ser 50% mais baratos que o mesmo curso presencial na mesma instituição”, reforça.

Em prol de um Plano Nacional
Para permitir todas as mudanças que o EAD necessita, os especialistas ouvidos defendem um Plano Nacional de Ensino a Distância. “A legislação hoje é falha e isso gera uma insegurança jurídica muito grande”, afirma Holz. “Tem de haver uma matriz curricular quase que unificada, com regras que devem ser seguidas por todos, tanto instituições particulares, como públicas”, acrescenta Fagundes.
O professor defende uma reforma universitária que contemple todas as modalidades de ensino. “Dessa forma, podemos garantir uma qualidade maior do ensino”, afirma Fagundes.
Fonte: ECONOMIA UOL

Para permitir todas as mudanças que o EAD os especialistas defendem um Plano Nacional de Ensino a Distância

Projeto de lei propõe alterações no ensino a distância

O Plenário do Senado aprovou, na última semana, em primeira votação, projeto de lei que obriga os alunos de cursos a distância a realizarem avaliações presenciais. A medida ainda será avaliada em votação suplementar para, depois, seguir para análise da Câmara dos Deputados. O caminho para se tornar lei ainda é longo, mas a medida já gera questionamentos sobre essa modalidade de ensino e pode provocar algumas alterações, embora poucas, na avaliação de representantes do segmento.
Eles acreditam que, com a aprovação da medida, pode haver uma mudança na imagem dos cursos de EAD (Ensino a Distância). Apenas isso. “O projeto de lei altera pouco o que já acontece na graduação a distância”, afirma o fundador da Associação dos Estudantes de EAD, Ricardo Holz. Ele explica que, hoje, os cursos a distância já obrigam seus alunos a frequentarem algumas aulas in loco, bem como determinam a realização presencial de provas e outras atividades.
“No Brasil, ainda temos uma cultura presencial e entendemos que o estudante brasileiro já vai até a instituição, até para uma maior interação com outros alunos e com professores”, acredita Holz. “Ainda não temos uma cultura de fazer avaliações via internet”, completa o diretor de Educação a Distância do Sistema COC, Jeferson Fagundes. De acordo com ele, na maioria das instituições que oferecem cursos a distância, as avaliações presenciais têm peso maior na avaliação geral, de cerca de 60%.
Além do fator cultural, também há um fator legal que determina esse comportamento. O decreto que regulamenta o EAD (5.622/05) já obriga os estudantes a fazerem avaliações presenciais, bem como estágios obrigatórios, quando previstos, além da defesa de trabalhos de conclusão de curso e atividades relacionadas a laboratórios de ensino.
“Caso aprovada sem nenhum alteração, a proposta deixará mais claro o que já é praticado no segmento educacional que atua na modalidade a distância”, completa o diretor-adjunto do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera, Luciano Sathler. “O projeto apenas solidifica o que já vigora. Em termos práticos, não muda nada”, diz Sathler, que também é representante da Associação Brasileira de Educação a Distância.
Por que o projeto prevê o que já existe?
A proposta em tramitação no Congresso Nacional pretende apenas assegurar que o que está previsto no Decreto de fato se cumpra. A ideia é tornar o Decreto parte da lei de diretrizes e bases para a educação. Para Sathler, mesmo tendo apenas esse intuito, a medida ajudará a fortalecer a imagem dos cursos a distância. E também poderá trazer impactos na demanda e oferta dos cursos. “Tanto a regulação como a legislação podem ampliar a possibilidade de oferta”, acredita. Para ele, tal ampliação também decorre das mudanças sociais. “As novas gerações vão exigir uma outra escola. Termos uma geração de alunos que têm capacidade de utilizar essas tecnologias”, completa o professor.
Holz, da Associação dos Estudantes, não vê aspectos positivos nesse tipo de iniciativa. “Esse projeto de lei não vai alterar a realidade, porque a sociedade não tem acesso a esse tipo de conteúdo”, avalia ele, que vai mais longe: “Portarias e leis são reflexos do pensamento da sociedade. São provas da discriminação com os alunos de EAD”, afirma. Para ele, o fato de existir um projeto obrigando a realização de atividades presenciais dá a impressão de que não existiam regras para tanto antes da medida.
O professor Fagundes não vê a existência do projeto dessa forma. “Altera a imagem do EAD para melhor”, afirma. “As mudanças não vão influenciar a metodologia do curso a distância, que é baseada em repasse de conhecimento”, explica. O diretor de Educação a Distância do Sistema COC reforça que em muitos cursos não são necessárias atividades presenciais.
Fonte:Mec

Educação a Distância: Resposta à modernidade

 
Manter-se atualizado na sua área de atuação está cada vez mais necessário, mas também mais difícil na era da informação rápida. Falta tempo e fontes confiáveis de informação. “Vivemos em plena era do conhecimento e inovação. Novas tecnologias estão surgindo de maneira muito frenética e o mercado de trabalho exige cada vez mais qualificação. O profissional precisa se adaptar e inovar o tempo todo”, considera Simone Fila, gerente de negócios e marketing do Instituto Cristina Martins de Educação em Saúde, pioneiro na promoção de cursos online na área de nutrição.
Por isso, os cursos de educação a distância têm tornado-se uma boa opção para quem quer ou precisa continuar estudando. Além de estarem crescendo em quantidade, têm sido mais procurados, oferecendo formação de qualidade. “Os cursos de extensão online são excelentes alternativas para quem quer investir na carreira, mas não dispõe de muito tempo ou recursos financeiros. A principal vantagem é o aprendizado rápido, eficaz e flexível. Pelo computador, o aluno estuda em casa, no horário que desejar, tem acesso a materiais didáticos desenvolvidos por professores altamente competentes e interage, através de tutoria, com os melhores profissionais do setor”, explica Simone.
A qualidade deve ser, inclusive, a principal preocupação de quem procura cursos a distância. Para isso, podem ser observados alguns pontos importantes sobre a opção desejada:
– Objetivos e público-alvo bem definidos e expectativas claras
– Design que valorize a interatividade
– Material didático de qualidade e textos complementares atualizados
– Canais de fácil acesso para comunicação com os tutores
– Um bom suporte técnico que garanta a solução de problemas encontrados pelos alunos, de forma rápida
– Ambientação dos alunos, para que eles possam saber como interagir pessoal e coletivamente, bem como utilizar os recursos tecnológicos disponíveis.
Esses são cuidados que podem fazer toda a diferença no curso. “Essa fatores são considerados essenciais para que um curso online atinja seus objetivos. Qualquer falha de planejamento ou capacitação pode levar à frustração e perda de motivação”, frisa Simone.

Piso Salarial do Professor : QUEREMOS SABER DO PROFESSOR tUTOR

Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei 11.738 que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).
O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes federativos (união, Estados, Distrito Federal e Municípios) não poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

Qual o valor do Piso?
O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal foi fixado pela Lei em R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais).
Esse valor pode incluir gratificações ou outras vantagens pecuniárias?
Até 31 de dezembro de 2009, admite-se que para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens pecuniárias pagas a qualquer título. Após essa data, o valor do piso deve corresponder ao vencimento inicial da carreira.
Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os entes federativos tenham pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, devem ser resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima do referido na Lei. Assim, se um professor recebe atualmente uma remuneração mensal superior a R$ 950,00, seja ela composta de salário, gratificação ou outras vantagens, a implementação do piso poderá fazer com que tais vantagens sejam incorporadas ao seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração total.
Para que profissionais o Piso se aplica?
O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal com jornada de 40 horas semanais.
Quais são os profissionais do magistério público da educação básica?
Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
Qual o valor do Piso para profissionais de nível superior?
A Lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de nível superior.
O valor do Piso fixado para profissionais com formação em nível médio deve servir de ponto de partida para a fixação dos vencimentos dos profissionais de nível superior ou com outros graus de formação, a critério de cada ente federativo.

O que a Lei  prevê em relação à carga horária dos profissionais do magistério?

A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais, sendo que na composição da jornada de trabalho o limite máximo para desempenho das atividades de inteiração com os educandos é de 2/3 desta carga horária.
Pode haver jornada inferior a 40 horas?

Não há qualquer vedação na Lei para instituição de jornadas inferiores a 40 horas.
Como devo calcular o valor do Piso para profissionais com jornada inferior a 40 horas semanais?

O Piso deve ser calculado de forma, no mínimo, proporcional.
Assim, por exemplo, para um professor de nível médio com jornada de 20 horas semanais (50% da jornada máxima de 40 horas semanais), o valor não poderá ser inferior a R$ 475,00 (50% do valor do Piso).

A partir de que data deve ser pago o piso?
O Piso deve começar a ser pago em 1º de janeiro de 2009, de forma progressiva e proporcional, tendo seu valor integralizado em 1º de janeiro de 2010.

Quanto devo pagar a partir de janeiro de 2009? Como calcular os 2/3 da diferença entre o valor do Piso e o valor vigente?
A partir de 1º de janeiro de 2009 os entes federativos que estiverem pagando para seus professores valores inferiores a R$ 950,00 deverão reajustar os salários com aumento de 2/3 da diferença entre o valor do piso e o valor vigente.
Assim, é preciso, inicialmente verificar qual a diferença entre R$ 950,00 e o valor praticado no município ou estado. Deste valor, 2/3 ou 66,66% deve ser acrescido ao valor vigente em janeiro de 2009 e o 1/3 restante, ou 33,33%, em janeiro de 2010, completando 100% do valor do Piso.
Exemplo 1: No município A a remuneração atual de um professor de nível médio com jornada de 40 horas semanais é de R$ 800,00. A diferença entre este valor e o Piso Nacional é de R$ 150,00. Essa diferença deverá ser progressivamente incorporada à remuneração do professor, da seguinte forma:
Valor pago atualmente no município AR$ 800,00
Diferença entre o valor pago e o piso nacionalR$ 150,00 (R$ 950,00 – R$ 800,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2009R$ 100,00 (66,66% de R$ 150,00)
Total do vencimento em 1/1/2009R$ 900,00 (R$ 800,00 + R$ 100,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2010R$  50,00 (33,33% de R$ 150,00)
Total do vencimento em 1/1/2010R$ 950,00 (R$ 900,00 + R$ 50,00)
Exemplo 2: No município B a remuneração atual de um professor de nível médio com jornada de 40 horas semanais é de R$ 500,00. A diferença entre este valor e o Piso Nacional é de R$ 450,00. Essa diferença deverá ser progressivamente incorporada à remuneração do professor, da seguinte forma:
Valor pago atualmente no município BR$ 500,00
Diferença entre o valor pago e o piso nacionalR$ 450,00 (R$ 950,00 – R$ 500,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 2009R$ 300,00 (66,66% de R$ 450,00)
Total do vencimento em 1/1/2009R$ 800,00 (R$ 500,00 + R$ 300,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2010R$  150,00 (33,33% de R$ 450,00)
Total do vencimento em 1/1/2010R$ 950,00 (R$ 800,00 + R$ 150,00)

Como se dará a complementação da União?

A complementação da União para fins da integralização do valor do piso salarial se dará dentro dos limites fixados no inciso VI do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias que diz que até 10% (dez por cento) da complementação da União ao FUNDEB poderá ser distribuída para os Fundos por meio de programas direcionados para a melhoria da qualidade da educação.
As diretrizes, requisitos, critérios e forma para a distribuição destes recursos entre os entes federativos que não tenham disponibilidade orçamentária para cumprir o valor do piso salarial., ainda carecem de regulamentação, conforme previsão expressa da Lei.
De qualquer modo a complementação da União só deverá ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2010 quando o valor do Piso será integralizado pelos entes federativos.
O que a Lei diz sobre Plano de Carreira e Remuneração?
A Lei diz que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar ou adequar seus Planos de Carreira e Remuneração do Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo em vista o cumprimento do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.
Decisão liminar do STF altera alguns pontos da lei do Piso.
Confira a lei sobre o Piso Nacional do Professor

Fonte-MEC

Sobram 5 mil Vagas EAD no PROUNI

Sobram Vagas EAD no PROUNI

Sobraram quase 5 mil bolsas de estudo oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) nos cursos de ensino superior a distância. O  número absoluto, de 4.813, representa 87% das bolsas remanescentes da primeira chamada do ProUni, o que significa que quase nove em dez bolsas que sobram no programa são do ensino a distância – no ano passado, foram sete em dez (70%).
Para o primeiro semestre deste ano, o MEC liberou 123.170 bolsas do ProUni e sobraram 5.526. Para a Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), a explicação para a sobra de bolsas é uma combinação de falta de interesse dos estudantes e resistência em relação aos cursos de educação a distância.
Especialistas no tema lembram que nem todas as instituições têm convênio com o ProUni e que outra explicação possível para as sobras diz respeito à rejeição de estudantes à entidade que oferece a bolsa. Os dados deste semestre são semelhantes àqueles do mesmo período do ano passado: as bolsas remanescentes representaram 4% do total da oferta.
Para o secretário da Sesu, Luiz Claudio Costa, fatores como a tradição do ensino presencial explicam o menor interesse do aluno sobre a graduação a distância. Mas o representante do MEC também enxerga outra explicação, mais ligada ao fator econômico.
“Existem casos em que as bolsas, na maioria, são parciais. Ou seja, o aluno ainda tem de pagar algo pelo curso”, explica Costa.
Do total de quase 5 mil bolsas remanescentes do ProUni para a educação a distância, feita toda pela internet, 987 são para cursos integrais. “Por serem uma inovação (o curso a distância), existe ainda uma resistência. Há uma necessidade de (o aluno) conhecer melhor o sistema e reconhecer  a educação a distância como uma modalidade de ensino”, afirma o secretário Luiz Claudio Costa.
O MEC abriu uma segunda chamada para bolsas do ProUni, mas os resultados só serão divulgados no próximo domingo, dia 13.
Outras hipóteses

Colaboradora da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), a professora Susane Garrido levanta outras duas  hipóteses baseadas na sua experiência: pode haver falta de divulgação ou a faculdade que interessa ao aluno pode não possuir convênio educativo com o governo  federal.
A questão principal para ela é a resistência a essa modalidade de ensino. A professora afirma que, em países como a Inglaterra e a Alemanha, todas as áreas do conhecimento possuem uma versão virtual – incluindo áreas tradicionais da saúde e da engenharia.
“Isso é possível desde que a estrutura e as tecnologias da instituição estejam adequadas às necessidades de cada curso”, defende.
Vencer o preconceito, na opinião dela, é uma batalha que deverá durar ainda muitos anos.
“A resistência é política”, diz ela, “e não leva em conta a eficácia do curso, a instrumentação tecnológica e o aprendizado.”
Em São Paulo, o governo estadual encontrou no ensino virtual uma forma de expandir os cursos de formação de professores e ampliar o número de profissionais formados em todas as áreas.
Criada em 2009, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), fez parceria com as universidades estaduais paulistas (Unesp, Unicamp e USP) e o Centro Paula Souza para abrir as vagas e pôr em prática graduações, pós-graduações e cursos profissionalizante semipresenciais.
Atualmente, segundo o governo estadual, são quase 5 mil vagas oferecidas pela Univesp para cursos superiores que duram até três anos. No caso de Pedagogia, por exemplo, a carga horária total é de 3.390 horas e 40% das aulas do curso são presenciais.

COMO PEDIR UMA BOLSA

PROUNI

A inscrição para bolsas do ProUni na modalidade de educação a distância (EaD) respeita o mesmo processo dos cursos presenciais
Os prazos para as bolsas também são mesmos e, se há sobras, o MEC realiza novas chamadas
CURSOS

O estudante que se interessar por um  curso superior a distância pode consultar a página do MEC: http://emec.mec.gov.br
Na internet, estão disponíveis informações sobre instituições públicas e privadas, reconhecidas pelo MEC. Há como pesquisar por Estado e área de interesse
Fonte. Mec

Só universidade federal pode revalidar diploma de graduação a distância

Só universidade federal pode revalidar diploma de graduação a distância

A revalidação de diplomas de cursos de graduação a distância emitidos por instituições estrangeiras passa a ser de responsabilidade exclusiva das universidades federais credenciadas pelo Ministério da Educação, desde que ofereçam curso equivalente na mesma modalidade. A norma foi estabelecida pela Portaria Normativa nº 21 do MEC, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 14, seção 1, página 15.
A consulta às instituições credenciadas para a oferta dessa modalidade de ensino pode ser feita na página eletrônica do Sistema de Consulta de Instituições Credenciadas para Educação a Distância e Polos de Apoio Presencial (Siead) do MEC. A relação dos cursos oferecidos está disponível no Cadastro e-MEC.

 Fonte: MEC

Internet, direito ao esquecimento x pena perpétua

Tema atualizado para algumas pessoas como eu, que tiveram suas contas invadidas e roubadas.

 Internet, direito ao esquecimento x pena perpétua
                                                               

Conforme Vladimir Passos de Freitas, no último dia 06/11/2011 a  rede mundial aproximou as pessoas, alterou hábitos, facilitou as pesquisas e, nas redes sociais, colocou todos em uma sala virtual a se comunicarem. Na área do Direito mudou e muda, constantemente, hábitos seculares.
As minhas caixas, contendo fichas com jurisprudência recortadas do DJ e pacientemente coladas entre 1973 e 1988, hoje fazem parte da sala da memória da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Eram preciosas fontes de informação, guardadas com carinho. Hoje são peças de museu. Afinal, em segundos podemos acessar a jurisprudência de todos os tribunais do país e citar um acórdão proferido na semana passada.
No mundo jurídico, certidões de antecedentes podem ser tiradas via internet, sem necessidade de ir ao Fórum. O processo eletrônico permite que de Porto Alegre se acompanhe uma ação na Justiça Federal em Manaus. Advogados recebem no seu computador mensagens comunicando a movimentação de seus processos, no sistema "push". Alvarás são expedidos eletronicamente, acabando a aflitiva digitação. Enfim, são muitas as inovações feitas em ramos do Poder Judiciário (não em todos, de forma uniforme) facilitando a vida das pessoas.
E não é só isto. As redes de informação permitem-nos localizar pessoas, investigar fatos, pesquisar, aprender, saber. São importantíssimas e quem delas não se vale já está afastado do mundo real, tem vida paralela, à margem da evolução dos tempos.
Mas, como tudo na vida, há aspectos que suscitam polêmicas discussões. E um deles é o fato das pessoas que têm seus nomes e imagens publicadas nos sistemas de divulgação de dados Google, Yahoo, YouTube ou em redes sociais, deles não consigam livrar-se. Pouco importa se a informação é certa ou errada, nova ou antiga, boa ou má.
No dia de 28 outubro passado o professor Ángel Acedo Penco, da Universidade de Extremadura, Ceddal, Espanha, proferiu palestra no IX COLAD, em Curitiba, chamando a atenção para o fato de que, mesmo nos casos de delitos graves com sentença condenatória, as pessoas têm o direito de livrar-se dos efeitos da pena, seja por cumpri-la, seja pela existência da prescrição, e na sequência, após considerações, pergunta: "Como é possível que possam ficar tão desprotegidos os cidadãos por fatos de sua vida privada, muitas vezes publicados na mídia, verdadeiros ou não...?"
De fato, são inúmeras as situações em que a vida pode colocar a pessoa em tal situação. O caso clássico é o da Escola de Base, no qual o casal Shimada, proprietários de uma escola e suspeitos de abuso sexual de crianças, tiveram o estabelecimento depredado, tudo depois se revelando um erro na investigação. Estigmatizados pela divulgação dos fatos, arrastarão pelo resto das vidas a grave acusação. Absolvidos na Justiça, condenados na mídia.
A Constituição de 1988 protege o direito à comunicação no artigo 5º, inciso IX, e, no inciso X, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. O Pacto de San Jose da Costa Rica, ao qual o Brasil é aderente, protege o direito à honra e à dignidade no artigo 11 e o direito à informação, no artigo 13. Como se vê, os dois direitos são elevados à categoria de fundamentais, tidos como da mais alta relevância.
A discussão do tema vem se desenvolvendo na Espanha onde, basicamente, tem se entendido que "nenhum cidadão que não goze da condição de personagem pública nem seja objeto de um fato de relevância pública tem de se conformar que seus dados pessoais circulem na rede". Com essa declaração de princípios, a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) anima os cidadãos a solicitar o cancelamento de referências privadas em fóruns, blogs, redes sociais ou máquinas de busca, caso considerem que se está infringindo o respeito a sua dignidade pessoal (Rosário G. Gómes, http://razaocritica.com/2011/01/08/o-direito-ao-esquecimento-na-internet/).
O fato já desperta o interesse da União Europeia, onde "a vice-presidente da comissão responsável pela Justiça da União Europeia, Viviane Reding, anunciou na quarta-feira em Bruxelas que vai apresentar uma proposta legislativa para proteger o "direito ao esquecimento" nas redes sociais". Esta notícia, de 17.03.2011 significa que a EU, impulsionada pela Espanha, deverá expedir uma Diretiva aos 27 países que a compõem, criando regras para que as pessoas possam ver-se excluídas das redes da internet.
Ma, a questão não é assim tão simples. Rosário G. Gómes, em seu já citado artigo "Direito ao esquecimento na Internet", registra que: "Nas reclamações à Google Espanha, a empresa alega que o serviço de máquina de busca é prestado pela Google Inc. dos EUA, de maneira que não é afetada pela diretriz européia de proteção de dados ou a lei espanhola que a aplica".
Além disto, a própria empresa que armazena os dados pode invocar ser mera reprodutora de uma notícia. Em outras palavras, apenas replica o que outras fontes de informações divulgaram, podendo estas fontes ser um site, um jornal ou revista. Então, se o autor da ação acionar uma revista, esta se limitará a dizer "publiquei sim, 3 anos atrás, porque era uma notícia na época e não tenho como apagar o passado".
E mais. Por vezes a notícia pode estar fragmentada em várias fontes e em países diversos, dificultando sobremaneira, quiçá até impossibilitando, o cumprimento de uma ordem judicial.
Ainda. A pena perpétua que recai sobre o acusado passa de sua pessoa. Por exemplo, determinado Ministro de Estado é acusado de corrupção. A notícia é amplamente divulgada, em razão da importância de seu cargo. Absolvido ou condenado, ela permanecerá eternamente. Os filhos desse cidadão não estarão sendo afetados pela notícia? Não serão por ela prejudicados? No mínimo moralmente, mas, quem sabe, até na obtenção de um emprego. Mesmo que a acusação seja procedente, não está sendo revogado o princípio de que a pena não passará da pessoa do delinquente?
Enfim, aí está um novo desafio aos profissionais do Direito. O conflito entre o direito à informação na internet e a preservação da imagem exigirão muitas discussões e estudos dos profissionais do Direito. Em pouco tempo os tribunais brasileiros estarão abarrotados de ações discutindo o tema, não apenas envolvendo figuras públicas que ocupam cargos importantes nos três Poderes da República, como também pessoas mais simples que se envolvem em conflitos e desavenças cotidianas. Tal qual outras novidades do mundo atual, obrigarão construções teóricas mescladas com decisões práticas.
Qual será a opção?

De Vladimir Passos de Freitas é desembargador federal aposentado do TRF 4ª Região, onde foi presidente, e professor doutor de Direito Ambiental da PUC-PR.

 Fonte:http://www.parana-online.com.br/canal/direito-e-justica/news/572262/?noticia=INTERNET+DIREITO+AO+ESQUECIMENTO+X+PENA+PERPETUA