Desmestificando as crenças sobre Constelaçao

sábado, 26 de outubro de 2013

Desafios para atuação nos Cras

Reunião Cras

Especialistas discutem novo documento de referência para atuação de psicólogas (os) nos Cras

Foi realizada nesta quinta-feira (24), na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília, a primeira reunião presencial da comissão de especialistas ad hocresponsável pela elaboração do documento de  referências técnicas para as (os) psicólogas (os) que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A publicação será elaborada a partir de uma revisão da última publicação sobre o tema, que foi lançada em 2008.
Segundo a conselheira do CFP, Márcia Mansur, as principais mudanças terão como base uma pesquisa realizada em 2010 com  psicólogas (os) de todo o Brasil pelo Centro de Referência em Psicologia em Políticas Públicas (Crepop) do CFP,  além de normatizações criadas nos últimos anos.
A pesquisa apresentou não só as dificuldades dos profissionais, mas também o que eles têm feito nos últimos anos. “Neste documento vamos trabalhar a partir das experiências práticas e da avaliação que foi feita por psicólogas (os) sobre a última publicação”, explicou a psicóloga Rosana Fonseca, que atua na proteção básica no município de Anápolis (BA).
A psicóloga  e mestranda da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Rafaela Palmeira, destacou que em 2008, a inserção de psicólogas (os) nos Cras ainda era algo novo, por isso não foi realizada pesquisa na época da primeira publicação. “Não existiam  profissionais com vários anos experiência nestes locais, pois o primeiro Centro de Referência só foi criado em 2005 “, revelou.  “A primeira publicação veio para induzir os primeiros passos da Psicologia na área e agora precisamos atualizá-la”, complementou Márcia Mansur.
A também integrante da comissão, a professora da Universidade Federal de Goiás Fabiana Araújo, lembrou que a produção que regulamenta a política de assistência social é crescente desde 2007. “Há alguns marcos legais importantes que antes não existiam, como a tipificação nacional de serviços socioassistenciais e um processo de reordenamento de serviços de convivência, que caminharam paralelamente às pesquisas acadêmicas e à experiência profissional”, afirmou.
Desafios para a área
Apesar dos avanços, ainda  são muitos os desafios para a atuação de psicólogas (os) na área, que serão explorados no novo documento.  “Este é o momento de repensarmos a prática e o  que tem avançado na área, tanto no âmbito das diretrizes e princípios, quanto na Psicologia. Assim poderemos propor ideias para este campo, que se encontra em grande evidência”, acredita Rosana Fonseca.
A conselheira Márcia Mansur lembra que há grande expectativa das (os) psicólogas (os) pela nova publicação, já que ainda existe pouco acúmulo teórico na área. “A Psicologia tem se  apropriando mais da política de assistência social e precisa buscar cada vez mais seu caminho dentro dela” , concluiu Mansur.
Após   a consolidação do conteúdo, o documento passará por uma consulta pública. A ideia é que seja lançado dentro de seis meses.

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